Não te escrevo porque nada mais tem o tamanho do que eu quero dizer. Nenhum sentimento chega perto do sentimento. Nenhum ódio ou saudade ou desespero é do tamanho do que eu sinto e que não tem nome. Não sei o nome porque isso que eu sinto agora chegou antes de eu saber o que é. Acabou antes do verbo. Ficou tudo no passado antes de ser qualquer coisa.
E numa tarde onde, nada mais me surpreenderia, eu descubro a mágica de viver. Só quero o sol outra vez, pena que ele nunca mais brilhara da mesma forma, talvez haja outros encantos, mas nunca mais a inocência da primeira vez.