Claude Cahun (1894 – 1954) foi uma fotógrafa e escritora francesa. Seu trabalho se caracteriza tanto por aspectos políticos quanto pessoais, trabalhando com frequência os conceitos de gênero e sexualidade.
A vida de Claude Cahun foi marcada pela vivência de papéis invertidos, e sua identidade pública se tornou fonte de comentários não apenas sobre a sua figura, mas também sobre as noções gerais que se tinham na época em relação à sexualidade, ao gênero, à beleza e à lógica. Sua escolha por um nome ambíguo, seus autorretratos andróginos mostram uma forma revolucionária de pensamento e criação, que questionava o entendimento que o público fazia da fotografia enquanto mera documentação da realidade. Sua poesia desafiava os papéis de gênero e atacavam os limites impostos pela sociedade. Cahun foi o exemplo perfeito da identidade camaleônica da mulher. Suas fotografias, sua escrita e sua vida em geral, como uma revolucionária artística e política, continua a influenciar artistas como Cindy Sherman e Nan Goldin.
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