domingo, 11 de novembro de 2012

Não sou um corpo

Davide de Agostini
Não sei dizer como todas essas peças separadas conseguem ser eu. Eu não existo. Não sou um corpo. Quando estendo a mão a alguém, sinto que a outra pessoa está longe, como se estivesse noutro quarto, e que a minha mão também lá está. E quando  assôo receio que o meu nariz fique no lenço.

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